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A Resposta da Medicina Chinesa e Acupuntura aos Problemas de Sono

A resposta da Medicina Chinesa e Acupuntura para os problemas do sono

Na primeira parte deste artigo, abordámos de forma genérica a qualidade do nosso sono, os motivos que nos levam a dormir tão mal e algumas das patologias de sono mais comuns.

Nesta segunda parte e tal como prometido, iremos abordar algumas das possíveis soluções para quem sofre com este problema. Assim, se sofre de insónia, dificuldade em adormecer ou alguma outra disfunção do sono, talvez este texto o possa ajudar.

Parte 2 – Soluções para os problemas de sono recorrendo à Medicina Chinesa e Acupuntura

Se preferir, pode clicar no leitor para escutar a versão audio deste artigo:

 

Noites mal dormidas?

Esperamos que não esteja a ler este artigo às 3 da manhã de um dia de semana, se amanhã tem que se levantar cedo. Por outro lado, se esse for (mais ou menos) o seu caso e o motivo é que não consegue adormecer, então talvez o possamos ajudar.

Não há uma alma que não tenha, por alguma vez na vida que seja, sentido na pele os efeitos de uma noite mal dormida. É a má disposição que se instala de forma cómoda nas nossas rotinas, é a falta de energia, a dificuldade de concentração, ou a falta de paciência para as coisas mais simples do nosso dia-a-dia (…) é um sem número de consequências negativas que nos fazem repensar todas estratégias que utilizamos para garantir que o nosso período de descanso é (mesmo) “sagrado”.

Importa pois saber quais as soluções que procuramos quando queremos dormir bem. Naturalmente, para muito de nós, a primeira alternativa que nos ocorre é a terapêutica farmacológica (palavrão que aqui toma a vez do substantivo “medicamento”).

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Os medicamentos para dormir não são a solução para quem dorme mal?

A questão da qualidade de sono pode e deve ser analisada à luz da sua relação directa com o consumo de benzodiazepinas. Em muitos casos, a administração deste tipo de fármacos é efectivamente a melhor garantia de um sono descansado.

Nesta equação o elemento assustador é a constatação de que Portugal apresenta desde há alguns anos a esta parte uma das taxas mais elevadas da Europa no que concerne ao consumo de ansiolíticos hipnóticos e sedativos.

No entanto, e se infelizmente, e se para o tratamento de algumas patologias a solução que assenta na administração destes psicofármacos* poderá ser a necessária, poderá também não ser a ideal particularmente quando há disfunções orgânicas que se arrastam no tempo. A toma de benzodiazepinas ou outros fármacos ansiolíticos, sedativos, calmantes ou hipnóticos deverá ser (sempre) limitada no tempo e (sempre) subsequente à sua indicação médica. A utilização prolongada e desadequada causa não só efeitos secundários nefastos em diversos orgãos, como dependência física que em última instância tende mesmo a agravar a patologia de sono.

*Psicofármacos: Medicamentos que actuam ao nível do Sistema Nervoso Central, tais como ansiolíticos, hipnóticos, antidepressivos, etc.

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O manancial fitoterapêutico e as plantas que nos ajudam a dormir melhor?

Há sempre possibilidade de recorrer à fitoterapia! Neste caso, iríamos recorrer ao arsenal terapêutico oferecido pela natureza! O mesmo é dizer que existe um conjunto de plantas estudadas pelos seus efeitos ao nível da melhoria da qualidade de sono (e é nestas [estudadas] que deve focar a sua atenção se for caso disso), que o poderão ajudar a descansar melhor.

A lista das plantas com efeitos ansiolíticos, e sedativos é extensa, mas tenha atenção, há plantas e extratos obtidos de preparados fitoterapêuticos com efeitos benéficos, mas há também outras plantas e outras substâncias “naturais”, cujos efeitos sedantes e /ou hipnóticos extravasam em muito o ideal, podendo causar tantos ou mais efeitos secundários nefastos, como os medicamentos de síntese química. Por isso, se esta for a sua opção, escute sempre o conselho do seu farmacêutico, ele saberá indicar-lhe a solução mais adequada a este nível.

Se essa for a sua decisão, deixamos-lhe um bom ponto de partida – breve e sucinto, há tempos elaborámos um artigo sobre algumas das soluções da fitoterapia que apresentam resultados benéficos ao nível da regularização das alterações de sono – veja aqui o artigo: Tratar a insónia sem recorrer a medicamentos.

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A Acupuntura pode ajudar-me a dormir melhor?

O diagnóstico das patologias de sono pela Medicina Chinesa obriga à identificação do síndrome, ou do conjunto de sinais na origem da disfunção – será aliás este o foco da estratégia terapêutica a implementar.

Ao invés de procurar a supressão do sintoma – tome-se por exemplo uma estratégia habitual da medicina ocidental tal como a administração de um hipnótico para colmatar a privação de sono,  no âmbito da Medicina Chinesa procuram identificar-se os sinais que hão de permitir categorizar a tipologia da insónia:

– Mas há “várias” insónias, perguntar-se-há?
– Sim, tal como na Medicina Ocidental. A manifestação do problema é a insónia, mas as causas na sua origem pode ser muito diversas.

Indícios tais como uma deficiência de sangue, ou excesso de “calor” do coração, falta de energia do fígado ou excesso de yang na vesícula podem resultar em diferentes diagnósticos e outras tantas estratégias terapêuticas… Aliás, um bom médico ou terapeuta de Medicina Chinesa, considerará no diagnóstico (até mesmo) o período horário em que esta se manifesta. O mesmo é dizer que a insónia que ocorre entre as 1h e as 3h da manhã poderá ter o uma génese distinta do que aquela que acontece entre as 3h e as 5h.

No âmbito da Medicina Chinesa, há assim uma multiplicidade de parâmetros terapêuticas que devem ser levados em consideração para cada tipologia ou “apresentação” da disfunção.

A reposição do livre fluxo energético, a eliminação do bloqueio ou do síndrome na origem do problema é a forma de restaurar o estado de saúde do paciente. A estratégia terapêutica é fundamentada no diagnóstico inicial e nas características individuais de cada um dos pacientes, algo que se designa de “constituição” e que encontra paralelismo no fenótipo de cada um – o conjunto de características individuais que resultam da expressão genética. Por esse motivo, no âmbito da boa prática médica tradicional chinesa, é pouco provável existirem dois tratamentos iguais para duas pessoas diferentes, pese embora a patologia seja (aparentemente) a mesma para ambos, à luz da Medicina Ocidental.

Vamos melhorar a qualidade do seu sono, ou vai continuar a passar as suas noite em branco? Clique para agendar a sua Consulta de Acupuntura direccionada ao tratamento de problemas de sono.

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A contribuição da Acupuntura nas patologias do sono

A Medicina Tradicional Chinesa é a denominação atribuída ao conjunto de práticas de medicina tradicional em uso na China contemporânea e desenvolvidas no curso da sua história. A Acupuntura é a valência mais conhecida da Medicina Chinesa, e de acordo com a Organização Mundial da Saúde, um método de tratamento complementar.

Embora a sua utilização no ocidente seja mais recente, importa referir que a Medicina Chinesa tem um âmbito de implementação global, incorporando práticas e experiências documentadas que remontam à milhares de anos. Tem na sua génese uma abordagem holística abrangente, suportada no estudo dos conceitos de Yin e Yang, na teoria dos Cinco Movimentos, ou no fluxo de energia nos meridianos. Esta é uma abordagem médica que se propõe analisar o indivíduo através de um princípio energético e, com esse diagnóstico, proceder ao tratamento por meio das várias disciplinas que a englobam.

O potencial da Medicina Chinesa atinge o seu pico quando se tira partido de todas as suas componentes, de acordo com o diagnóstico diferencial do paciente. Desta forma, e para além da Acupuntura, o terapeuta de Medicina Chinesa pode recorrer à Moxabustão, à Ventosaterapia, à Fitoterapia Chinesa (correspondente à farmacopeia ocidental), ou ainda ao qiGong (a base do Taichichuan).

Ainda de acordo com a teoria da Medicina Chinesa, e com base no diagnóstico realizado pelo terapeuta, é possível, por meio da inserção de micro agulhas filiformes em pontos específicos do corpo humano, conseguir obter respostas neurovegetativas que contrariam o estado de doença ajudando a repor a condição de saúde.

Porque há muita informação e desinformação acerca da matéria, importa referir que a Organização Mundial da Saúde reconhece a utilização da Medicina Chinesa num vasto rol de patologias, de entre as quais destacamos para o efeito deste artigo a insónia e a ansiedade. Também o Manual Internacional de Classificação das Patologias, na sua 11ª revisão, inclui pela primeira vez um capítulo que incide precisamente sobre patologias que se manifestam sob a forma de síndromes, documentadas pela literatura médica oriental.

Medicina há só uma!

É importante reconhecer que há ainda muito caminho a percorrer, nomeadamente na unificação da linguagem destas duas opções terapêuticas (Medicina Ocidental e Oriental). No final deste artigo, podemos questionar-nos se em situações em que a qualidade do sono se encontra comprometida, a opção pela Medicina Ocidental é mais adequada do que a opção por técnicas como a Acupuntura ou a Fitoterapia, englobadas na consulta de Medicina Chinesa.

Na nossa opinião, a questão não deverá ser colocada nos termos da decisão por uma em detrimento da outra – uma abordagem não é “melhor” ou “pior” do que a outra. Idealmente o paciente deverá poder tirar partido do melhor que cada uma das soluções tem para oferecer, sempre na óptica de procurar optimizar binómio risco benefício. O importante é conhecer as soluções que existem e confiar no seu clínico.

Resta dizer que muitos dos distúrbios de sono tem resolução, mas poucos são aqueles que procuram ajuda para os resolver. Os problemas de sono não são normais não devem ser considerados “aceitáveis”, independentemente da condição ou condições subjacentes à variabilidade individual de cada um.

Este tipo de transtornos diminuem de forma determinante a qualidade de vida dos pacientes, situação inaceitável para uma patologia que em muitos casos é tratável. Se esse é o seu caso, procure ajuda profissional. Seja no âmbito da Medicina Convencional ou Complementar, existem diversas soluções que podem ajudar a resolver o seu problema, e lembre-se das medidas não terapêuticas que podem e devem começar por si. Não deixe que a má qualidade de sono comprometa o seu bem estar.

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Data de Publicação: 04/2019

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