Tatiana Calvão Sousa

Tinha 16 anos e uma hérnia lombar. Só não queria tomar medicamentos…

Nessa altura recorri a uma especialista que me diziam ser “a melhor”, e foi pela sua mão que tive o primeiro contacto com a realidade das Terapias Não Convencionais. Ela era terapeuta de Shiatsu, mas estava a estudar Medicina Chinesa, partilhando comigo de forma entusiasta a cada novo tratamento, as aprendizagens que ía absorvendo no seu curso. E eu que sempre sonhara um dia ser médica, enquanto recuperava a minha hérnia, começava a descobrir que talvez me identificasse mais com este lado da medicina (um pouco) menos convencional.

Chegado o momento de ingressar no ensino superior, o meu desejo só era contrariado pelo preconceito vigente na época contra a chamada medicina alternativa, e pelo peso de um eventual investimento num curso que na altura não era oficialmente reconhecido no nosso país. A razão acabou por sobrepor-se ao instinto, e depois do curso de Medicina ter passado ao lado por algumas décimas, foi o ano que passei em Genética e Biotecnologia que me deu a certeza do caminho profissional que pretendia seguir.

Como todos os meus colegas “terapeutas não convencionais”, lutei contra dogmas e estigmas sociais. Hoje socorro-me de duas licenciaturas em Medicina Tradicional Chinesa, suportadas por estágios profissionais realizados na China, entre outras tantas formações e mais recentemente da Especialização em Medicina Chinesa pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel de Salazar, para ajudar os meus pacientes.

Quando me perguntam se no âmbito do meu percurso profissional tenho uma área de eleição, respondo a fertilidade – conheço poucas sensações capazes de rivalizar com a felicidade que sinto ao ajudar um casal a realizar o sonho de ter um filho…

Sou uma terapeuta certa da escolha que fiz. Sinto-me imensamente feliz e realizada quando sei que todo o meu estudo e investimento contribuem para a melhoria da saúde dos meus pacientes e para a recuperação da sua qualidade de vida (ou dos seus sonhos, como acontece no caso da fertilidade…).

Já agora, se é a primeira vez que contacta com a Acupuntura, ou com a Medicina Tradicional Chinesa, dê-lhe uma oportunidade – sem pré-conceitos – vai ver que ainda se surpreende.

Tatiana Calvão Sousa
TNC 0501163